sexta-feira, 21 de maio de 2010

Rafting


O rafting é um esporte de aventura que poderia ser o símbolo dos esportes outdoor, dado o nível de contato com a natureza e o impacto ambiental "zero" relacionado a sua prática.

Consistindo basicamente em seguir o curso de um rio em um bote inflável, sobrepujando obstáculos naturais como pedras, troncos, quedas e corredeiras munidos apenas de remos, o rafting surgiu ainda no século XIX, quando aventureiros americanos resolveram explorar alguns pontos até então inalcançáveis no centro do Grand Canyon pelo caudaloso rio Colorado em rudes botes de madeira.

Na década de 50 já no século XX, surgiram os primeiros botes infláveis de borracha, que substituiriam os perigosos e inflexíveis botes de madeira. Só a partir de então, o rafting passou a ser mais conhecido e praticado, sendo que atualmente os botes mais modernos são feitos de hypalon - tecido de fibra de poliester - revestido normalmente por borracha de PVC, de uretano ou até de neoprene, utilizados profissionalmente nos incríveis campeonatos mundiais da categoria.

Aliás, ainda que no Brasil, o rafting tenha chegado apenas no início da década de 80, os melhores atletas da categoria no mundo atualmente, são brasileiros e bi-campeões mundiais, tendo vencido inclusive a recente "Copa Europa de Rafting 2010" realizada na Áustria. É o potencial esportivo "brazuca" pelo mundo!!

E como esporte essencialmente "radical", sua prática requer alguns equipamentos de segurança, que são imprescindíveis e outros altamente recomendados, a fim de garantir maior conforto e menos riscos.

- Capacete;
- Coletes salva-vidas;
- Roupa de neoprene (ajuda a manter a temperatura e oferece alguma proteção contra possíveis arranhões e pequenas escoriações);
- Corda (normalmente de 20 metros, utilizada para resgatar praticantes que porventura caiam da embarcação).

- Detalhe importante: A presença de um instrutor capacitado e experiente na equipe é obrigatória, pois é ele quem garantirá a segurança de todos a bordo.


Os níveis de dificuldade do rafting são mundialmente classificados do nível mais moderado até o mais radical, conforme abaixo:

Nível I: Áreas com pedras pequenas, requer poucas manobras;

Nível II: Águas agitadas, algumas rochas, exige algumas manobras.

Nível III: Algumas ondas e pequenas quedas com pouco risco, mas pode exigir habilidade de manobra significativa.

Nível IV: Ondas médias, algumas pedras, com quedas consideráveis, manobras mais técnicas são necessárias.

Nível V: Corredeiras agitadas com grandes ondas e rochas escondidas, possibilidade de grandes quedas, exige manobras precisas.

Nível VI: Corredeiras perigosas, pedras e ondas enormes. Nas quedas o impacto da água chega a danificar alguns equipamentos. Perigo extremo, risco de acidentes graves e até fatais.


No turismo de aventura, o rafting é opção praticamente em todos os estados do Brasil. Em São Paulo, a região de Brotas é um dos lugares mais conhecidos, mas é possível praticar também em Socorro, em Monte Alegre do Sul e em São Luiz do Paraitinga, além de diversos outros pontos.

São Luiz do Paraitinga merece inclusive uma citação a parte devido ao notório desastre ambiental ocorrido no início de 2010. Assista abaixo a reportagem da TV Canção Nova:



A prática do rafting exercita a capacidade de trabalhar em equipe, desenvolve o espírito de coletividade e reforça a importância de cada membro do grupo na execução de uma tarefa. Por isso é bem comum em treinamentos corporativos com executivos de grandes empresas.

Com tantas opções e tantas facilidades, a tendência é que esse esporte se torne ainda mais conhecido e popular sendo, como já é, o "carro chefe" dos esportes radicais ou de aventura.



Até a próxima!

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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Bike: Atitude saudável e sustentável.


Convencido por amigos à voltar a pedalar, iniciei uma pesquisa para saber qual seria o melhor modelo de bike para os meus objetivos e quanto iria gastar neste projeto.

Procurei em várias fontes e além de outras diversas informações, encontrei um site com dados e informações que no meu entender são muito completos e objetivos, tanto que, pela primeira vez estou reproduzindo neste blog uma matéria que não é de minha autoria, praticamente completa, apenas com algumas adaptações.

Aproveite e tome você também uma atitude saudável, consciente, divertida e sustentável: "Vá de bike!"


COMO COMPRAR UMA BICICLETA:

Informação muito valiosa para um iniciante, a compra de uma bicicleta de boa qualidade, adequada ao seu objetivo e correta em tamanho, fará toda a diferença entre ter uma inseparável companheira de aventuras ou apenas mais um objeto empoeirando em casa.


QUANDO SE DECIDIR POR COMPRAR:

REGRA n° 1: O barato sai caro e cansa fácil. Se a marca da bicicleta for apenas um adesivo colado ao quadro, pense duas vezes;

REGRA n° 2: custo x benefício é a pergunta e será a resposta;

REGRA n° 3: Poucos podem ter uma Ferrari, mas a maioria pode comprar uma boa bicicleta.


RECOMENDAÇÕES PARA LEIGOS:

Fique atento a Lei de Defesa do Consumidor. Se for necessário, reclame! Ajude a melhorar o setor de bicicletas e a vida de todos ciclistas.

Evite comprar sua bicicleta em um supermercado ou magazine. Atendimento especializado, só em uma bicicletaria confiável. Compre sua bicicleta, preferencialmente, em uma boa bicicletaria!

Pesquisar vale a pena:

1. Antes de tudo, converse com ciclistas experientes;
2. Tenha claro qual o uso que será dado à bicicleta;
3. Teste o maior número de bicicletas que puder;
4. Faça uma pesquisa de mercado nas bicicletarias
5. Pense em gastar 10% a mais; nunca 10% a menos;
6. Uma boa bicicletaria normalmente permite um breve teste;
7. Bicicleta ruim é a primeira causa do desestímulo ao uso da bicicleta;
8. Entre duas bicicletas semelhantes? A que tenha rodas melhores;
9. Se o selim não agradar, negocie a troca com a bicicletaria. A margem de lucro das bicicletarias costuma ser apertada, mas a qualidade de serviço não;


MEDIDAS BÁSICAS:


As bicicletas fabricadas no Brasil são, em sua maioria, tamanho 18 ou 19 polegadas, mas existem algumas variações na forma utilizada pelos fabricantes para medir suas bicicletas. Portanto, é possível encontrar bicicletas de idênticas medidas, mas que por suas aparências, dão a idéia de tamanhos diferentes.

O tamanho correto de uma bicicleta de estrada ou profissional, bem como seu ajuste ao ciclista, deve ser estabelecida por um profissional especializado.

Altura do ciclista

Tamanho do quadro

MTB em polegadas

RB em centimetros

1,50m

14

48

1,60m

16

50, 52, 54

1,70m

17 ou 18

54, 55, 56

1,80m

19 ou 20

57, 58

1,90m

21 ou 22

60, 62



SUGESTÕES PARA O AJUSTE DE SUA BIKE:

1) Bicicletas sem amortecedor:

Ajuste de selim: Três dedos abaixo, partindo da parte mais alta do osso da bacia, na lateral do corpo.

Distância entre a ponta do selim e a caixa de direção da bicicleta é igual a distância do cotovelo às pontas dos dedos indicador e anular do ciclcista.


2) Bicicletas em geral

A altura do cavalo (x 0,88) é igual a medida do selim até o centro do eixo do movimento central da bicicleta, conforme o desenho. Os pés do ciclista devem estar descalços.



DÚVIDAS MAIS FREQUENTES:

As bicicletas são todas iguais?
Absolutamente não! Mesmo que aparentemente iguais, marcas distintas têm desempenho diferente.

Por que não vale a pena comprar uma bicicleta mais barata?
A baixa qualidade da bike é uma das principais razões que desestimula pedalar.

E bicicleta usada?
O problema de bicicleta usada é, principalmente, o estado das peças. Caso necessite muita troca, o custo final pode ser superior ao de uma nova.


UMA BOA BIKE (VALE PARA TODAS AS BIKES):

Quadro e garfo:

1. Regra geral: O barato sai caro... cansa, quebra fácil e não é seguro;
2. A bike mais bonita não é necessariamente a melhor;
3. Há uma bicicleta para cada uso e um modelo para cada ciclista;
4. O que parece ser mais leve nem sempre é de fato mais leve.
5. Há um tamanho certo de bicicleta (geometria de quadro e garfo) apropriada para cada ciclista;
6. Há diferentes tipos de tubos e materiais para construir o quadro;
7. Uma boa bicicleta permite ajustes finos e precisos;
8. Quanto melhor a suspensão, menor a folga e mais macio o acionamento;
9. Referência de qualidade do quadro: O canote de selim deve subir e descer livre, sem arranhões.

Componentes:

1. Mais importante que o número de marchas é a sua precisão;
2. O melhor sistema de acionamento de marchas é o que você preferir;
3. A marca dos componentes não importa - importante é a qualidade;
4. Dê preferência a componentes em alumínio forjado;
5. Bons componentes permitem ajustes variados e precisos;
6. Rodas e aros: com alinhamento perfeito e quanto mais leves e fortes, melhor;
7. Pneus: leves, alinhados, que permitam pressão alta e adequados ao uso;
8. Câmaras: leves e que demorem meses para murchar;
9. Sistema de freio: acionamento gradual e poder de frenagem total;
10. Pedal: opte pelo que lhe for mais cômodo, não apenas por estética.


CONFORTO, ESPORTE OU FORÇA? QUAL O SEU OBJETIVO?

As diferenças do desenho do quadro para os ciclistas:


Distância entre eixos:

Longa (ideal para iniciantes): A bicicleta tem reações mais lentas, previsíveis e absorve melhor os impactos do solo;

Curta (ideal para profissionais): Quanto mais curta é a bicicleta, mais rápidas são suas reações, tanto direcionais como nas respostas à força do ciclista.


Distância de apoio entre selim e guidão:

Curta (ideal para o plano, uso urbano e iniciantes): Mantém o ciclista em posição de condução mais ereta, o que facilita olhar o trânsito. Por outro lado, o ciclista fica mais exposto ao vento, o que torna a bicicleta mais lenta e oferece maior dificuldade em subidas. O pescoço é menos exigido mas a lombar passa a ser o amortecedor do ciclista.

Longa (ideal para esportistas e profissionais): visa retirar o máximo do potencial muscular do corpo do ciclista. Facilita arrancadas, subidas e mudanças bruscas de direção, permitindo uma condução agressiva. Como o corpo do ciclista fica mais deitado, há menos arrasto aerodinâmico, facilitando manter altas velocidades.


Altura do movimento central:

Baixo: abaixa o centro de gravidade do conjunto bicicleta/ciclista aumentando a estabilidade. Mas, ao mesmo tempo, diminui a distância dos pedais para o chão, o que obriga o ciclista a ter certos cuidados ao pedalar, principalmente em curvas.

Alto: facilita a transposição de obstáculos, permitindo que se pedale em terrenos irregulares ou acidentados. Normalmente encontrado em mountain bikes. Com elas é difícil o pedal tocar o solo, mesmo pedalando em curvas mais acentuadas.


PRINCIPAIS TIPOS DE BICICLETAS:

Urbana ou híbrida: Normalmente fabricadas com rodas aro 700, são mais confortáveis que as de aro 26. A geometria é voltada para o conforto e estabilidade, normalmente mantendo uma posição do ciclista mais em pé, o que diminui a facilidade de manter alta velocidade e vencer subidas. Podem ter paralamas, bagageiro, farol, lanterna...

Mountain Bike: Aro 26 e pneus específicos para as condições do terreno. São construídas para agüentar os desaforos do ciclista, sem deixar de lado a velocidade. A posição do ciclista pode ser mais inclinada, visando ganho de força nas subidas. Pode ser pedalada em qualquer terreno e em qualquer condição. É recomendável uso de capacete, óculos e luvas de boa qualidade. Tipos Rigida, hard tail, e full suspension.

Road Bike ou estradeira: Aro 700. Bicicletas específicas para uso em asfalto, de preferência em estrada. As rodas são leves, com pneus finos e com mais alta pressão. Tem pouca aderência ao solo, o que requer técnica e prática. Aceleram rápido, mantêm com certa facilidade velocidades altas. É recomendável uso de capacete, óculos e luvas de boa qualidade. Não recomendável para ciclistas iniciantes, uso urbano ou piso escorregadio.

BMX, cross e infantis: Aro 20 ou 24. A grosso modo - são bicicletas para crianças e adolescentes, para fazer tudo, de brincadeiras à competição. É o melhor início que uma criança pode ter no ciclismo. Menores que aro 20 são infantis e a questão é fazer uma criança feliz. Assim, compre qualidade, evite muitas marchas, suspensão, etc. O que interessa é que a criança tenha facilidade na condução. Um ótimo teste é a criança ser capaz de acionar o freio e se eles freiam de fato.

Profissionais ou de competição em qualquer modalidade: Fabricação em pequena escala, com tecnologia de ponta e alto índice de qualidade. São vendidas em poucas bicicletarias por meio do que é chamado de "venda técnica". Há um modelo correto para cada ciclista, em cada modalidade específica. Algumas requerem condução refinada. Não recomendável para iniciantes;

Existem ainda as bicicletas do tipo beach bike, baja, full suspension, recumbent, ciclocross, cicloturismo, estradeira, road bike, triathlon, contra relógio, street, trial, entre outras.


PREÇOS:

O mercado de bicicletas pode ser dividido em quatro categorias estabelecidas pelo preço. Os patamares de preço estão colocados em "dolar" por sua relação com o mercado internacional de matéria prima e de peças:

1. Bicicletas de supermercado ou magazines - até algo em torno de US$ 200,00 no máximo
2. Bicicletas para iniciantes: de US$ 250,00 a US$ 500,00.
3. Bicicletas para esportistas amadores: US$ 500,00 a US$ 1.000,00 (ou mais)
4. Bicicletas profissionais: o quanto seu bolso puder pagar.


A Escola de Bicicleta, origem desta matéria, recomenda a compra de uma bicicleta a partir do nível de iniciantes - US$ 250,00 e afirma que o custo, a médio e longo prazo, será menor que de um modelo que custe menos de US$ 200,00.


Mais detalhes e outras informações sobre o movimento do ciclo ativismo, no site: www.escoladebicicleta.com.br


Até a próxima!
  • sábado, 15 de maio de 2010

    Slackline e Highline


    Segundo algumas definições, a diferença entre esportes radicais e esportes de aventura, está principalmente no nível de risco que eles oferecem.

    O paraquedismo, por exemplo, é considerado um esporte radical que exige preparo e treinamento específicos. Já o trekking é uma atividade de aventura reconhecidamente com menor grau de risco (ainda que também apresente riscos) que exige, comparativamente, menos preparo físico e técnico.

    O "slackline" (corda bamba), consiste basicamente em uma corda esticada entre dois pontos próximos ao chão e é uma atividade que exige algum preparo técnico e principalmente equilíbrio. O "highline", além dos requisitos do slackline, exige uma dose bem maior de concentração e principalmente coragem, pois é praticado em altitudes mais "radicais"!.


    Esse esporte, ainda pouco conhecido por aqui, é praticado por aventureiros nos lugares mais inusitados pelo mundo, seja em montanhas, canions, pontes ou até entre edifícios. No Brasil, a prática de slackline é razoavelmente difundida nas praias do Rio de Janeiro, mas pouco conhecida no restante do país..

    O highline teve sua origem - diz a lenda - quando uma equipe de montanhistas, impedida de praticar escalada pelo mau tempo, resolveu brincar em uma corrente no estacionamento de um camping e descobriram um ótimo exercício de equilíbrio... assim surgiu mais um incrível esporte de aventura (ou radical) derivado do montanhismo.


    O único recurso de segurança - que alguns simplesmente dispensam - é um equipamento semelhante a uma cadeirinha de escalada ou cinto, ligado a uma fita de segurança com um mosquetão especial preso a própria corda ou fita de equilíbrio.


    É um esporte "radical" ou não é?

    Até a próxima!