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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Relato da Expedição ao Petar

A Expedição Off Road ao PETAR, realizada de 22 a 24 de maio, contou com a participação de 12 pessoas, distribuidas em cinco viaturas, sendo duas Pathfinders, um Niva, um Jimny e uma TR4.


O primeiro ponto de encontro dos aventureiros foi na Rodoviária do Tietê em São Paulo, onde embarcaram na viatura da organização as tripulantes Carol e Marli. De lá seguimos para o segundo ponto de encontro, o Pizza Hut da Marginal Tietê, onde já nos aguardava o competentissimo navegador mirim Joãozinho e seu avô-piloto Roberto com o Jimny "Explorer".


Após as apresentações, partimos às 17h30 pela rodovia dos Bandeirantes até o Rodo-anel, de onde acessamos a Régis Bittencourt, sentido Paraná. Chegamos no segundo ponto de encontro, o posto Fazendeiro em Miracatu (e aproveitamos para abastecer GNV e gasolina), pouco antes das 19hs, onde encontramos o Isaías e a Débora em sua Pathfinder e o Pedro, no conhecido Niva Blue enquanto o Reinaldo e a Gabi subiam de Peruíbe pela rodovia Padre Manoel da Nóbrega.


Depois de um rápido cafezinho, continuamos a viagem, agora em quatro viaturas, até Jacupiranga, de onde pegamos a estradinha até Eldorado, a cidade mais próxima da famosa Caverna do Diabo, de lá, finalmente seguimos para o nosso destino, a pousada "Gamboa eco refúgio" que fica literalmente às margens do Rio Ribeira em Iporanga, onde chegamos por volta de 22hs, quando um apetitoso estrogonoff já nos esperava.

Pouco antes da meia noite chegou o novo "casal aventura", Mauricio (agora conhecido como "Mauricinho") e Amanda.

No dia seguinte, as 9hs da manhã, pegamos nossos capacetes, lanternas e lanches de trilha e seguimos com nossos guias João Neguin e Guiné para o que seria nosso primeiro desafio, a caverna do Morro Preto, sitio paleontológico de rara beleza, com vários espeleotemas e intrincados corredores, que fica dentro do PETAR no caminho para a cidade de Apiaí.


Trilha para a caverna do Morro Preto



Várias formações rochosas, resultantes da ação das chuvas ácidas, da erosão e de antigos terremotos.

O assustador pórtico da "Morro Preto"

Impressionantes formações resultantes da ação das águas ornadas com milenares pedras de seixos normalmente encontradas nos fundos dos rios.

Na parte da tarde, antes mesmo de saborearmos nosso lanche de trilha, fomos para a Caverna Santana, uma das mais visitadas do PETAR.

Entrada do núcleo Santana



Sua entrada foi descoberta por acaso na década de 40, quando um criador de cabras procurava um animal desgarrado do rebanho e o encontrou dentro de uma fissura na rocha que dava acesso a até então desconhecida caverna que ficava escondida na ressurgência do rio Roncador.

Entramos por volta do meio dia e meio e depois de tanto caminhar, subir, descer, tirar fotos e mais fotos, perdemos a noção do tempo e saímos de lá só depois das 15h30... ficamos por mais de três horas admirando as belas formações e corredores da Santanna.

Estranha estalagmite proeminente de quase 1,5 m

Saindo da Santanna, fomos conhecer a linda Cachoeira da Araponga que é um ponto de cascading, (rapel guiado na cachoeira ou simplesmente "cachoeirismo"). Uma curta mas difícil trilha, levava até essa linda cachoeira com quase 60 metros de altura entranhada na mata atlântica... fotos são pouco para descrever, então filmei a "danada"... ainda vou voltar lá pra fazer rapel.


Fotos tiradas do ponto de ancoragem superior para o rapel/cascading.

Com "zoom"

Sem "zoom"

As fotos abaixo são de trechos da estrada de Iporanga para Apiaí, no retorno para a pousada, onde constantemente eramos envoltos por gigantescas formações rochosas de um lado e lindas paisagens com enormes precipícios do outro.
















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A programação do sábado ainda reservava aos participantes um momento muito peculiar e que não pode faltar para quem pratica ecoturismo... o envolvimento com a cultura local.

Após saborearmos um delicioso jantar com Xinxin de galinha como prato principal, uma fogueira com vinho quente e dois talentosos violeiros locais nos aguardavam em uma "roda de pedra" coberta apenas por um lindo céu estrelado.

A fogueira com os violeiros ao fundo:

Carol e o caldeirão de vinho quente:

Parte da turma...
(Da esquerda para a direita: Pedro, Maurício, Amanda, Marli, Carol e Gabi)
...batendo papo e tomando um vinhozinho!


Ali ficamos todos curtindo as modas de viola, aquecidos pelo vinho, pela fogueira e pelo papo descontraído de todos até mais de meia noite, quando fomos descansar, pois o domingo nos reservava o maior desafio:

Nosso objetivo neste dia seria a caverna do "Alambari de baixo" no Núcleo Ouro Grosso, que tem acesso normalmente por caminhada de nível médio e sua maior parte inundada... nos equipamos e saímos novamente as 9hs da manhã em direção ao Núcleo Ouro Grosso para pegarmos as autorizações.


A questão do acesso difícil foi resolvida com diversão, segundo palavras de um de nossos guias, o Guiné, que transcrevo a seguir:

"Tenho 20 anos de experiência nesta trilha e é a primeira vez que alguém se atreve a vir até esse ponto de 'carro'..." (sic)

Foi o ápice "off road" da aventura: A trilha apertou, apresentou travessia de riacho, inclinações e erosões, que inclusive "vitimaram" levemente o Jimny... mas chegamos todos quase a entrada da caverna...

A Path e a Sequóia:

O camarada Niva Blue:

O início das erosões:

E o ponto final... para as viaturas:


E logo na entrada, um pequeno mas barulhento riacho nos chamou a atenção... naquele momento ninguém imaginava que essa mesma água nos aguardava lá dentro da caverna:

Na entrada da caverna:

Começando a ficar úmido, alguns escorregões:

O início do trecho "molhado" de fato:

Caminhando nos trechos alagados com água pela cintura:

Nos pontos mais profundos, a água chega a quase 1,5m

Um verdadeiro rio subterrâneo...

...em temperatura constante de 17°C:


Por volta das 13hs, cansados, molhados mas muito satisfeitos, terminamos nossa aventura e finalmente, retornamos para a pousada, tomamos uma ducha quente, nos despedimos do acolhedor pessoal da Gamboa e pegamos a estrada de volta onde chegando na Régis Bittencourt, após abastecer novamente com GNV e gasolina no posto Petropen, finalmente pegamos a estrada de volta para São Paulo.



Com metas cumpridas, desafios superados e cheios de novas experiências e estórias para contar, voltamos para casa com mais essa recompensadora aventura na bagagem, que só foi possível graças a recepção calorosa da Simone do Eco Refúgio Gamboa, da orientação informativa, segura e divertida dos monitores Guiné e João Neguin e da participação efetiva deste grupo maravilhoso de corajosos aventureiros off roaders, exploradores e curiosos, participantes de mais essa expedição.


Até a próxima!!!

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