quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Bonito/MS - 3ª parte - Buraco das Araras e Rio da Prata

Depois da aventura do sábado, o domingo (dia 21) estava programado para ser mais leve com um tranquilo “birdwhatching” no “Buraco das Araras” pela manhã, acompanhado de três simpáticos casais de estrangeiros e depois mais um snorkeling no Rio da Prata.






Enquanto nos admirávamos com a beleza das araras vermelhas, um dos casais optou por um “scuba diving” na recém re-aberta “Lagoa Misteriosa” (outro abismo, porém sem profundidade definida ainda – por isso o nome – o que segundo os administradores do complexo do Rio da Prata, já chegaram a 220 metros de profundidade sem encontrar o fundo).



Enfim, o Buraco das Araras realmente merece o nome... Uma imensa dolima com 100 metros de altura e um lago habitado por um casal de jacarés que inadvertidamente caiu alí, além de diversas araras (segunda a guia “Carminha” mais de 50 casais fazem ninhos e vivem nas fissuras das paredes rochosas do lugar) e outras espécies de passaros, como o belo e arredio Tucano Araçari flagrado bem de perto nestas fotos abaixo:




Depois de uma tranquila caminhada em torno da “cratera” das Araras e muita observação de passáros e até da vegetação típica do cerrado, retornamos para a Van que nos levaria de volta ao complexo do Rio da Prata onde faríamos mais um snorkeling pelo rio Olho D´água que desemboca no Rio da Prata antes de almoçarmos.


Apesar do frio, o sol resolveu dar as caras enquanto vencíamos os três quilômetros de caminhada por trilha em meio a mata fechada, vestidos e calçados de neoprene, para finalmente chegar ao ponto inicial da flutuação...


Pelo menos conseguimos lindas imagens neste ponto. Ao contrário do que a maioria imaginava, apesar do frio, a água límpida do Rio Olho D´água estava morna, por volta de 22°C e ninguém mais quis sair da água... Depois de algum treinamento em meio a cardumes de Curimbas, Dourados e Piraputangas (entre outros) passamos a deixar a correnteza nos levar aproveitando a companhia dos peixes e dos "ferozes" lambaris que insistiam em confundir meus lábios e minha barba por fazer com algo que lhes parecia apetitoso...


O fundo de calcário branco e os pequenos morros de vegetação submersa contrastavam com os peixes e faziam linda combinação com o brilho do sol e nem percebemos que a correnteza aumentava a cada curva e consequentemente nossa velocidade tb... O rio serpenteava e diferente do Rio Sucuri, haviam muitos galhos e troncos além de algumas pedras pontiagudas em seu leito... Isso tornou um simples snorkeling em uma boa aventura...





Depois de alguns arranhões e trombadas, saímos em um trecho de muitas pedras para acessar uma trilha que levaria o grupo novamente a um trecho mais tranquilo do rio. O vento frio no neoprene molhado fazia com que andássemos rápido, ansiando entrar novamente na água morna do rio... Cinco minutos de caminhada e logo estávamos na água novamente... Depois de algumas centenas de metros chegamos a um incrível fervedouro... O som da areia se revolvendo furiosamente no fundo do rio é algo impossível de descrever... Só a imagem é pouco, mas vamos tentar:


Depois disso, neste ponto já sem a ajuda do sol para nos aquecer, retomamos o caminho de snorkeling para logo nos encontrarmos com as águas frias do rio da Prata... Neste ponto, alguns já cansados (inclusive eu) e sabendo que a partir dali a visibilidade diminuiria, aceitaram a carona da canoa motorizada que ajudaria a vencer os últimos 400 metros do rio.


Saímos da água e enfrentamos o vento frio até os vestiários onde estavam nossas roupas secas e onde nosso transporte nos aguardava para levar a sede onde finalmente almoçaríamos.Depois de saciarmos nossa fome tomávamos o caminho de volta quando o motorista da van sinalizou discretamente um tamanduá.

Todos "exigiram" que ele parasse e entre nós e o animal havia apenas uma cerca de arame delimitando o pasto de uma fazenda... Tentei tirar algumas fotos mas a distância não favorecia uma boa imagem também em função do mato... Não exitei e acabei literalmente pulando a cerca, seguido logo após por pelo menos mais quatro empolgados fotógrafos... O Tamanduá Bandeira se alimentava tranquilamente atacando um cupinzeiro de cada vez enquanto nos aproximávamos em silêncio...

Conseguimos belas "clicadas" até que ele finalmente nos notou e lentamente passou a se afastar... Um espécime fascinante, constantemente atropelado nas estradas da região justamente por sua vagarosidade enquanto atravessa as estradas. Mais do que satisfeitos e empolgados com esse flagrante retornamos para a van ainda observando o Tamanduá, que ao perceber que nos afastamos, voltou para o mesmo ponto onde estava se fartando de cupins.


Retomamos o caminho de volta encontrando pelo caminho ainda Siriemas, mutuns, gaviões carcará e até macacos na estrada. As estradas desta região cortam matas fechadas, habitat naturais de várias espécies de animais, algumas inclusive ameaçadas de extinção, portanto é muito importante seguir a uma velocidade que seja possível frear quando avistado um animal atravessando a pista. Eles “moram” alí, nós somos “visita” e estamos apenas de passagem, portanto, CUIDADO!





O lindo Tamanduá Bandeira foi a chave de ouro pra fechar essa "Fan-tur" oferecida pelo Bonito Hostel e por isso, mais uma vez agradecemos o convite e a acolhida de todo o pessoal do Hi Hostel de Bonito, especialmente do Luiz Octávio, do Glauco e do Luiz Eduardo (desculpem se deixei de citar alguém, pois todos foram muito atenciosos e prestativos) e esperamos nos ver novamente em breve, pois logo ofereceremos opções de pacotes muito interessantes tanto para a região de Bonito e Serra da Bodoquena, quanto para o Pantanal.



Até a próxima!!

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