Passei vários finais de semana indo e voltando de Paraty e praticando mergulho com uma galera animadíssima.
Como não poderia deixar de ser, não perdi a oportunidade de fazer o belíssimo trecho da Estrada Real entre Cunha/SP e Paraty/RJ em praticamente todas as vezes.
Peguei dias lindos e ensolarados com buracos e pedras, dias com chuva e neblina com barro e árvores atravessadas, estrada interditada por causa da ponte que foi levada pela cachoeira, carros de passeio "aventurando-se" pelas tortuosas curvas deste belo caminho... entre outras coisas!!
Em uma dessas "idas e vindas" aproveitei para esticar até São Luiz do Paraitinga por estradas rurais muito bem conservadas onde vislumbrei bucólicas paisagens que renderam ótimas fotos de pastagens e sitios pitorescos...
Mas num golpe de sorte, em dado momento a estrada estava interrompida (sem qualquer aviso ou desvio) por uma enorme escavação para assentamento de tubos de escoamento fluvial. Quando questionei, o "responsável" pela obra, com cara de poucos amigos, foi logo avisando:
"Ihhhh... vai demorar pelo menos umas duas horas!"
Como bom "off roader" já estava procurando alternativas pelos pastos ao redor quando surgiram dois motoqueiros que olharam um para o outro e já estavam fazendo a volta quando eu perguntei se havia outra opção. Eles novamente se olharam e com um sorriso meio incrédulo fizeram uma pergunta que a maioria dos jipeiros sempre ouve por aí:
"Esse carro é tracionado?"
Empolgado, já subi na viatura e passei a seguí-los quando eles logo entraram em uma erosão com um belo ângulo de subida... acionei o "4x4 low", embiquei a barca no barranco e sob os olhares desconfiados dos dois motoqueiros a força do motor 6cc e os pneus MUD logo venceram a inclinação e a terra solta... eles balançaram a cabeça em sinal de aprovação e foram em frente seguidos por mim por trilhas usadas pelos sitiantes da região para movimentar o gado... passamos em matas fechadas e entre rebanhos e logo saímos em uma fazenda onde o pessoal que nos viu saindo da mata deve ter ficado tentando imaginar como eu havia chegado até ali... eles abriram a porteira e me despedi agradecendo pelo passeio.
Foi uma volta de pouco mais de 15 minutos e logo estávamos novamente na estrada para Paraitinga, a frente do trecho interrompido onde eu certamente levaria horas para passar.
Na chegada a Paraitinga, o que mais chama a atenção é o estado em que o centenário conjunto arquitetônico da cidade se encontra... o cenário parece o de uma cidade bombardeada... casarões inteiros desapareceram ante a força das águas, sobrados históricos em ruínas... mas as paredes que resistiram estão lá como testemunhas da resiliência do povo de Paraitinga... todas como que recentemente pintadas nas cores vivas e tradicionais que são características destes casarios.
Depois de tirar muitas fotos, logo procurei um lugar para almoçar e encontrei um restaurante simples e de ótima comida, próximo à Igreja que o Brasil inteiro testemunhou a destruição pela TV.
Depois de almoçar ainda andei um pouco pela cidade, tirei mais fotos e peguei a estrada de volta à capital da fumaça, mas não sem antes encontrar um carro do pessoal da cia de rafting por lá e deixar um cartãozinho de forma estratégica no limpador de parabrisas! Quem sabe em breve não fazemos uma parceria por lá!!
Até a próxima!!
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