Quem imagina que a vida de quem trabalha com turismo (guia ou organizador de eventos outdoor) é moleza, não faz nem idéia da responsabilidade que é estar com um grupo de pessoas buscando diversão com adrenalina ou com uma atividade "diferente" da usual. Estamos o tempo todo sujeitos as condições de clima desfavoráveis que influenciam diretamente na condições de segurança e precisamos estar atentos e preparados para qualquer tipo de intercorrência.
E antes de levar um "eco-turista" ou um aspirante a aventureiro para praticar mergulho, trekking, off road ou qualquer outra atividade de aventura, por mais simples que seja, uma empresa séria, faz um reconhecimento prévio do local a ser visitado e isso é um investimento.
Nestes momentos, mesmo sempre acompanhados de experientes guias locais, acabamos nos deparando com situações inusitadas, tanto agradáveis (visuais inéditos, descobertas de cavernas desconhecidas, trechos inexplorados, etc.) como também de risco (já ficamos perdidos em trilhas, nos deparamos com animais perigosos como cobras e até sussuaras com filhotes, chuvas torrenciais inesperadas e rios acima do nível normal, entre outros "perrengues"), situações essas chamadas no mundo da aventura de "roubadas".
Por essas e outras, quem atua neste segmento tem que ser apaixonado pelo que faz, não pode só "trabalhar para viver" mas sim "viver para trabalhar"e nesta questão, a ordem dos fatores, altera sim o resultado. E trabalhar com paixão, envolve questões como formação, caráter, educação e principalmente metas e objetivos pessoais.
Temos uma especial predileção pela região de Atibaia em função de laços pessoais e por isso já falamos outras vezes deste local que possui um incrível potencial pouco explorado para atividades outdoor.
Mas pra quem ainda não conhece, Atibaia é uma cidade com aproximadamente 126 mil habitantes segundo o IBGE e fica a aproximadamente 60 quilometros de distância de São Paulo pela rodovia Fernão Dias, sentido MG e possui, entre outros diversos atrativos, a Pedra Grande, rampa natural de vôo livre e seu mais conhecido ponto turístico natural.
Recentemente, a região ganhou por decreto, o Parque Estadual do Itapetinga, incluindo a Pedra Grande, o que teoricamente, é um primeiro passo para a conservação desta região tão rica de fauna e flora, que está sendo consumida pelos condomínios de luxo e pela visitação descontrolada e ambientalmente inconsciente.
Acessível por pelo menos três trilhas para trekking de variados níveis de dificuldade, a Pedra Grande também é "point" de visitas de jipeiros (que normalmente a acessam pelo caminho mais tradicional) e escaladores que curtem algumas vias nas paredes de pedra, tanto para escalar, quanto para rapelar.
Abaixo fotos de uma gruta que fora transformada em capela, atualmente está abandonada e bem escondida em uma trilha onde fazíamos reconhecimento.
Recomendamos Atibaia, não só pela conhecida prática de vôo (asa delta, paraglider, etc.) ou pelo decantado "2º melhor clima do mundo" mas também e principalmente porque possui ótimas trilhas para trekking, cachoeiras onde é possível fazer o cascading (rapel de cachoeira) cavernas para caving (espeleoturismo), trajetos off road livres e indoor, paredes de escalada e rapel naturais e artificiais, trechos de corredeiras e represa para canoagem ou caiaque, campos de paintball e até pista de kart.
Até a próxima!!
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