terça-feira, 25 de agosto de 2009

Altímetro




Instrumento que básicamente serve para indicar a altitude em relação ao sólo ou ao nível do mar. Aos montanhistas ou "trekkers" por exemplo, que utilizam o altímetro de mão, serve como balisador de altitude e até posicionamento.

Hoje em dia, a grande maioria dos aparelhos de GPS, possui o recurso indicador de altitude em relação ao nível do mar que é encontrado também em alguns relógios destinados a práticas "out-door", entretanto, o altímetro convencional, ainda é muito utilizado em esportes de aventura, assim como na aviação esportiva ou civil onde é equipamento obrigatório.

Diferente do altímetro digital, os altímetros convencionais, ou analógicos, são constituídos por cápsulas aneróides, semelhantes ao fole de uma sanfona, mas extremamente delicadas. Quando esse “fole” é colocado ao nível do mar, a pressão interna do ar é igual a pressão que a circunda – externa - o que indica altitude zero.

O altímetro comum, indica a altitude em que se encontra, mensurando a pressão atmosférica, através da cápsula aneróide (barômetro) e transforma esse resultado em altitude representada em pés (feet ou ft) ou metros (m). Esta altitude é denominada pela sigla “NMM” que significa “Nível Médio do Mar” ou ainda “MSL” (sigla em inglês para “Mean Sea Level”) uma vez que ela é a referência média do nível da maioria dos oceanos.


Em regiões mais altas, o ar é mais rarefeito e, com isso, a pressão do ar que está fora diminui, o ar dentro do fole, então, se expande e faz com que a membrana aneróide se estique. Quanto mais alto estiver o instrumento, menor será a pressão do ar e essa deformação move assim o ponteiro do altímetro, que indica a altitude.

Legenda

  • Altitude Indicada (AI):

Em inglês “IA” que significa “Indicated Altitude”, é a altitude apresentada pelo altímetro, quando ajustado para indicar a distância vertical entre o ponto onde está e a superfície do nível médio do mar.

  • Altitude Verdadeira (AV):

“TA” do termo em inglês “True Altitude” é a altitude acima do nível do mar. É a que representa a distância, corrigida pela temperatura, entre o ponto onde se encontra e a superfície, solo ou água, livrando obstáculos caso existam.

  • Altitude Calibrada ou Corrigida:

Altitude obtida a partir da leitura no altímetro após corrigidos erros de posição e instalação.

  • Altura Absoluta:

Ou simplesmente altura, é a distância entre o ponto onde se encontra e o terreno ou superfície de sobrevôo, seja água ou solo.



Ajustes:

O altímetro normalmente dispõe de um botão para seleção de pressão determinada, que é lida na janela denominada "Janela de Kollsman". Alguns altímetros têm a graduação em "pol. Hg", outros em "mb/hPa" (Medição Barométrica por Pressão Atmosférica) e outros - mais específicos - apresentam as duas, cada uma indicando uma dessas escalas.


Uma boa fonte de informações sobre ajustes é o blog do Ícaro - O blog do aviador.


Até a próxima!!


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Como utilizar a bússola


Buscando informar quem tem o objetivo de praticar determinada atividade de aventura ou parte dela e não tem tanta experiência, pretendo esclarecer como se usa alguns equipamentos e ítens de segurança essenciais aos esportes de aventura. Entre eles, já foram citados anteriormente o Rádio PX e a Cinta de Reboque. A seguir destaco a "bússola" e depois pretendo ainda explanar sobre o "altímetro", o "GPS" e gradativamente, outros ítens inclusive de atividades específicas.

Bússola


A grosso modo, a bússola nos indica a direção a seguir através de uma agulha magnetizada que sempre indica o "norte" magnético, portanto é importante que se saiba antes qual direção se quer seguir e para isso, deve-se conhecer ao menos os pontos cardeais (além dos colaterais e subcolaterais):

Os pontos Cardeais são:

  • Norte - Inicial "N", também chamado de "Setentrional ou ainda Boreal";
  • Sul - Inicial "S", também conhecido por "Meridional ou Austral";
  • Este - Inicial "E" ou "L" (nos países de lingua portuguesa, "este" é chamado de "leste") chamado também de "Oriente";
  • Oeste - Inicial "O" ou "W" (em função do inglês "west") ou ainda "Ocidente".
Os "colaterais" são:
  • Nordeste - NO
  • Sudeste - SE
  • Noroeste - NO ou NW
  • Sudoeste - SO ou SW

Na imagem a seguir, uso como exemplo a Bússola transferidora "SILVA", uma das mais comuns no uso profissional, graduada em graus (0 a 360).


Localizando-se em um mapa ou carta:

A bússola pode nos ajudar a nos localizar no mapa quando não estamos certos sobre o ponto exato em que estamos. Para isso basta escolher dois pontos de referência bem característicos do terreno e que sejam identificáveis na carta (montanhas, antenas, curvas de rios, etc.).



A seguir, determina-se o azimute entre esses dois pontos e o local onde se está. Ao se transportar para a carta esses azimutes, sua interseção será o ponto onde o navegador se encontra.

Procedimento para determinar um azimute no terreno:

a) Coloca-se a seta de navegação apontada na direção do ponto de referência escolhido no terreno.

b) Gira-se o limbo móvel até que a seta de orientação coincida com a agulha que aponta sempre para o Norte.

c) Quando isso acontecer faça a leitura em graus no limbo móvel no ponto da seta de navegação. O valor encontrado é o ângulo do azimute.

Que direção seguir:

Para seguir no terreno uma direção (navegar) é necessário obter, na carta, o azimute dessa direção.

a) Coloca-se a bússola sobre a carta, sobre um local plano, de modo que seu lado maior fique ao longo da direção que se deseja seguir, apontando a seta de navegação para o ponto desejado.

b) Gira-se o limbo móvel até que as linhas meridionais fiquem paralelas aos meridianos da carta/mapa fazendo com que a seta de orientação aponte para o Norte.

c) Retira-se então a bússola da carta/mapa colocando-a horizontalmente à frente do corpo.

d) Nesta posição gira-se o corpo juntamente com a bússola, até que a agulha coincida com a seta de orientação.

e) A direção a seguir é determinada nesse momento pela seta de navegação.

Observações:

Na maioria dos mapas é preciso fazer uma correção referente à declinação magnética, normalmente indicada na legenda da carta como "Ângulo QM", ou seja, nem mesmo as melhores bússolas são “exatas” em relação ao mapa.

Evite também aproximar-se de campos elétricos ou objetos com grande massa metálica pois podem afetar o funcionamento da bússola. As distâncias mínimas recomendadas são:

Alta tensão - 60 metros

Veículos - 20 metros

Linhas telegráficas - 20 metros

Arame farpado - 10 metros

Transformadores - 60 metros


Até a próxima!!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Adventure Sports Fair


A já tradicional Adventure Sports Fair é a maior e mais importante feira do setor de ecoturismo e aventura da América Latina. Focada tanto em profissionais de diferentes vertentes da área quanto em simpatizantes e praticantes independentes, reúne as principais marcas de fornecedores de equipamentos e de prestadores de serviço do setor, além de Ongs e orgãos governamentais.

Assim como no ano passado, será no centro de exposições Imigrantes nos dias 10, 11, 12 e 13 de setembro, sendo que na quinta e na sexta os portões se abrirão as 14hs e no sábado e no domingo serão abertos a partir das 12hs.


Os ingressos podem ser adquiridos diretamente na bilheteria no dia do evento ou para quem quiser evitar filas, também no site - www.adventurefair.com.br/webventure - e custam R$20,00 por pessoa, sendo que crianças de até 9 anos não pagam, assim como adultos com mais de 65 anos. Uma deixa interessante é formar grupos com mais de 15 pessoas e se cadastrar previamente no site... assim, consegue-se um desconto de 50% nos ingressos.

Com "work shops", palestras, "business point", exposição de equipamentos e serviços além de atrações interativas como "test drive" de veículos, tanque de mergulho e caiaque, parede de escalada, complexo de arvorismo e até um "site" de caminhada em gelo trazido diretamente da Patagônia, entre outros.



A Adventure Sports Fair é uma feira de negócios mas também voltada para o público consumidor final.

Assim, as opções para os aventureiros são:
  • Analisar novos destinos de aventura;
  • Testar produtos e equipamentos esportivos;
  • E se divertir com as atrações esportivas e interativas, entre outras coisas.

E para os profissionais da área;
  • Oportunidade de exibir seus novos produtos ou divulgar serviços inclusive para o consumidor final;
  • Ampliar sua rede de contatos e fechar acordos e parcerias comerciais;
  • Coletar informações sobre o setor;


No mercado de Turismo a feira reúne os mais importantes destinos de aventura da América do Sul e no mercado de equipamentos, vários e diversificados fabricantes de equipamentos para esportes tanto à revendedores, atacadistas e fornecedores de serviços turísticos, quanto para os usuários finais.

Enfim, é destino obrigatório para quem tem espírito de aventura ou simplesmente quer conhecer mais sobre esse fascinante mundo de desafios e contato com a natureza!


Eu estarei lá!! Até a próxima!!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Indoor do "Pathfinder Club" na Fazenda Santa Rosa


No último dia 2 de julho, o Pathfinder Club de São Paulo, promoveu um encontro com trilha e churrasco, organizado pela Soldier Adventures na Fazenda Santa Rosa em Atibaia/SP.

Foram sete Pathfinders, duas Nissan Frontier, dois CJs, uma Toyota Bandeirante e uma Camper, com quase 30 pessoas incluindo crianças. Houve desde simples atoladas até um capotamento. "Foi show!" Dizia um dos participantes ao fim do encontro.

O ponto de encontro para o evento, foi no Frango Assado da Fernão Dias, de onde saímos em comboio para a Santa Rosa, logo pela manhã do ensolarado domingo.


Começamos a aventura logo que chegamos! O primeiro desafio do Indoor foi uma curva em inclinação com barro que deixou alguns preocupados com a impecável lataria de suas "Paths":


Depois, uma sequência de kings com muito barro fez com que uma valente Path "rebaixada" (acredite, rebaixada!) ficasse "gangorrando" e necessitasse de uma "ajudinha" pra prosseguir... abaixo, uma foto da Frontier do "mago das Nissans": Nivaldo, da Especial Car:


Esta é a Pathfinder do Alberto, presidente paulista do Pathfinder Club, flagrada em um, segundo muitos, "raro momento" enfrentando barro:


Esta valente Camper rouba a cena logo mais a frente:


Abaixo, a viatura da Soldier Adventures dando uma "puxadinha" na Path rebaixada com uma curva elameada logo a seguir:


A Nissan Pathfinder do Isaias, grande intusiasta de aventuras, enfrentando o mesmo ponto da foto acima, que encalacrou a Band Branca e logo depois também a Camper, que devido certamente ao peso de ambas, saíram "de lado" em direção ao matagal, de onde só o trator conseguiu tirá-las:


Bela foto das Paths reunidas depois de enfrentar uma lama "medicinal" (cura stress, mau agouro, dor de testa e até males sentimentais)!!


Depois desse ponto, um desafio mais "hard" deu um susto na galera... depois de dois CJs e uma Frontier passar no atoleiro monstro somente com ajuda do trator, era a vez do Alexandre com sua Camper Branca tentar superar o obstáculo... porém, ao tentar vencer o lamaçal, o facão encoberto pela água conduziu a viatura para a direita, fazendo-a chocar a roda dianteira direita contra o barranco, o que consequentemente acabou virando a bruta no barro.


Nada de mais grave ocorreu, pois todos estavam usando cinto de segurança (inclusive o filho pequeno do Alexandre que estava no banco traseiro) como citou o Isaias, que estava de "zequinha" neste momento.


Após o "resgate" do piloto e dos tripulantes sem sequer um arranhão, a missão era desvirar a viatura, coisa que foi muito facilitada com a ajuda do trator, duas cintas, três anilhas e um grupo de envolvidos e engajados participantes:



Lição de prudência: Mesmo que seja só uma "trilhazinha", use o cinto de segurança... quem confia demais na sorte, acaba "sem sorte"!



Imagine que, depois disso, a viatura praticamente nada sofreu... apenas um friso de borracha do paralama dianteiro se soltou... depois dessa, nenhuma Nissan se atreveu a entrar neste atoleiro e então prosseguimos com a trilha para um íngreme trecho de facão que nos leva até o alto de um morro de onde se tem uma bela vista da região!


Chegamos ao último obstáculo do Indoor, que é a travessia de um alagado que nos colocaria finalmente de volta para a trilha e à sede da fazenda, por volta de 15hs, mas devido às fortes chuvas durante a semana, o nível da água estava muito alto e tomado pelo mato... assim, após muitas considerações e uma corajosa mas frustrada tentativa de travessia por um dos Jeeps, todos resolveram abortar esse desafio e retornar para o saboroso churrasco que já nos aguardava:


Durante o churrasco inclusive, o Pathfinder Club e a Soldier Adventures trocaram idéias sobre os próximos eventos e duas sugestões estão em fase de planejamento, que seriam a trilha de Castellanos em Ilha Bela e um trecho da Estrada Real.

Após muita carne e muitos causos e estórias tanto sobre o ocorrido na trilha como sobre outros episódios, os últimos a ir embora saíram quase escurecendo, levando além de leite fresquinho das vacas da fazenda, muitas lembranças de um dia cheio de aventuras e muitas risadas!!!

Até a próxima!!